Wayra Brasil
July 1, 2021

Investir em mais diversidade e inclusão aumenta chances de crescimento no mercado

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Impactos são positivos tanto na gestão e eficiência dos times quanto nas oportunidades de crescimento e conquista de investimentos

Falar de diversidade hoje em dia não é só uma questão de atuação de nicho ou de valores de uma empresa, mas também tem relação direta com a rentabilidade dos negócios. Uma análise da McKinsey provou que times mais diversos levam a um aumento dos ganhos financeiros, além de reduzirem as taxas de turnover e ajudarem na atração de talentos, conforme estudo da United Minds.

Além disso, a crescente relevância das políticas de ESG é outro fator que deverá impactar os investimentos em empresas daqui por diante. Na Nasdaq, segunda maior bolsa de valores do mundo, já existe uma regra específica que exige que as empresas que vão abrir capital tenham ao menos uma mulher diretora e um diretor que se identifique como parte de uma comunidade minorizada, como LGBTQ+, negros, hispânicos ou nativos americanos. Diretriz semelhante também está valendo no Goldman Sachs, que desde 2020 só investe em empresas com ao menos uma mulher no conselho.

Apesar dos dados acima serem promissores, ainda há muito trabalho a ser feito, visto que quase 40% dos líderes dos EUA, Canadá e Reino Unido acreditam que falar de diversidade é uma perda de tempo, enquanto no Brasil, três em cada dez pessoas se sentem desconfortáveis ao terem uma líder mulher. Da mesma forma, o ecossistema empreendedor enfrenta seus próprios desafios de diversidade, já que mulheres, negros e representantes da comunidade LGBTQI+ ainda tem baixa representatividade no setor.

“Investir em diversidade se tornou não só um valor, mas uma oportunidade de melhoria em várias frentes”, defende Livia Brando, Country Manager da Wayra Brasil.

Ela destaca que apostar em times diversos é crucial para o desenvolvimento da inovação, bem como na melhoria de produtos e serviços dados os diferentes pontos de vista e a representatividade dos próprios consumidores e usuários. Além disso, temos visto um olhar mais apurado para o tema entre os investidores, portanto representa também um alavanca para oportunidades de investimentos, alerta.

Mudança de fora para dentro & de dentro para fora

Se nas avaliações internas as empresas já encontram oportunidades com a maior diversidade , fato é que a pressão externa também tem crescido. Atualmente, mais de 70% dos Millennials e da Geração Z sentem que a diversidade e a inclusão são tópicos importantes de serem trabalhados pelas marcas, o que demonstra que quanto mais jovem o público alvo, maior a demanda por representatividade. Tanto é que campanhas recentes de empresas das mais diferentes verticais, como MasterCard, Itaú e Casas Bahia e Vivo demonstram movimentos que promovem empatia, inclusão e diversidade.

Para além das campanhas, as companhias têm investido em iniciativas internas que levam a mensagem da relevância da diversidade para seus times, alterando suas estruturas também de dentro para fora. Basta reparar no surgimento de lideranças e cargos dedicados ao assunto, como é o caso dos Chief Diversity Officers (CDO). A Vivo tem apostado em iniciativas de diversidade e inclusão, que valorizam as diferenças de gênero, raça, orientação sexual e deficiências, para permitir que todos os grupos tenham protagonismo, além de fomentar a maior empregabilidade de mulheres nas áreas técnicas e de tecnologia, recentemente anunciou mais de 200 vagas.

Da mesma forma, as startups da Wayra têm se dedicado a fomentar a diversidade dos seus times, ainda que a contratação do mercado de TI seja especialmente desafiadora. “Hoje, 52% do nosso quadro de colaboradores é feminino, 60% dos nossos times são liderados por mulheres, e mais de 12% do nosso time é da comunidade LGBTQI+”, orgulha-se Jordana Souza, CRO e co-fundadora da VOLL. A startup de mobilidade corporativa se preocupa também com a diversidade regional, com colaboradores de diferentes estados, como Paraíba, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais. “A diversidade é o pote de ouro para o nosso negócio, que nos permite crescer como pessoas e como empresa, ampliando nossa capacidade de impactar positivamente a vida das pessoas e de todo o mercado”, conclui Luiz Moura, CMO e co-fundador da VOLL.

Na Conube, startup de contabilidade digital que já conta com 42% de líderes mulheres no time, a iniciativa Feito Por Elas, que incentiva e apoia a presença feminina no empreendedorismo em cargos de liderança, foi estendida de março para o ano todo, promovendo encontros mensais com mulheres que são referência no mercado para discutir pautas importantes.

“Mais do que ver a diversidade apenas como nosso dever, entendemos que ela é parte da nossa cultura, e queremos que ela seja mais percebida e colocada em prática no cotidiano, atravessando as paredes da empresa e levando o sentimento de igualdade para os ambientes onde nossos colaboradores circulam”, defende a CEO Taís Pinheiro.

Independentemente se vêm no sentido de dentro para fora ou de fora para dentro, as iniciativas de diversidade tendem a chacoalhar os ambientes de consumo, corporativo e de inovação.

“Estamos ativamente trabalhando para incentivar uma mentalidade de maior inclusão e diversidade nas nossas investidas. No que depender da Wayra, vamos incentivar esse valor, de forma a impactar não apenas o ecossistema empreendedor, mas também a forma como a sociedade interage, como os negócios acontecem e como os trabalhos são desenvolvidos”, promete Carolina Morandini, Head de Gestão de Portfólio & Startup Scout na Wayra Brasil


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