August 3, 2020
Buscando formatos mais conscientes e sustentáveis de comprar, consumidores do mundo todo têm movimentado o mercado de aquisição de itens seminovos, que agora acontece por meio de plataformas digitais. A tendência, chamada de ReCommerce (um mix das palavras “resale” e “e-commerce”) tem sido também uma opção para quem quer comprar eletrônicos com melhor custo em plena crise da COVID-19.
De olho nesse mercado há mais de seis anos, a startup brasileira Trocafone, que faz parte do portfólio da Wayra, hub de inovação aberta do grupo Telefónica no mundo e da Vivo no Brasil, desponta hoje como um dos principais players de ReCommerce de tecnologia do país, e chega agora à marca de 1,4 milhão de smartphones revendidos, depois de uma alta de 40% nas vendas durante o primeiro semestre de 2020.
A startup oferece um formato seguro e garantido de revender celulares e tablets seminovos em bom estado. Esse tipo de recomercialização de produtos, especialmente no ramo de tecnologia, é bastante comum nos EUA, e acontece sob a classificação de “refurbished”, que identifica os dispositivos de segunda mão revendidos com garantia e certificado de autenticidade, algo que até há alguns anos ainda era inédito no cenário brasileiro.
“Percebemos a oportunidade de comprar o aparelho seminovo de quem adquire um novo smartphone todo ano. Essas pessoas geralmente deixam o aparelho antigo encostado, porque não encontram canais fáceis ou eficientes para revenda”, explica o argentino Guille Freire, co-fundador e CEO da Trocafone.
O sucesso da startup é perceptível no aumento do número de aparelhos vendidos, que cresceu 50% no último ano. Apesar dos desafios do atual cenário econômico, Freire vê a situação como uma oportunidade, já que a Trocafone dá aos consumidores a oportunidade de adquirir aparelhos topo de linha com 30 a 40% de economia na comparação com um novo.
“Em momentos de crise, somos uma alternativa mais inteligente e econômica de consumo”, destaca o empreendedor. Por meio de parcerias com grandes lojas como Magazine Luiza, Via Varejo, Lojas Americanas, Fast Shop, Pernambucanas e Samsung, a Trocafone consegue criar uma cadeira virtuosa entre quem vai atualizar o seu aparelho por um novo e quem busca um smartphone a um preço mais módico. “Nestes nossos parceiros, os compradores podem usar o aparelho antigo na negociação para obter um desconto na compra de um modelo novo, recuperando parte do valor investido naquele dispositivo”, esclarece Freire.
Depois de avaliados, verificados, e eventualmente reparados, esses aparelhos seminovos adquiridos pela Trocafone voltam ao mercado, sendo revendidos por uma fração do valor original. Além de trazer segurança para o processo de ReCommerce, a Trocafone favorece uma maior democratização do acesso à smartphones de qualidade, que são revendidos com Nota Fiscal e garantia de 90 dias, além de ajudar a diminuir a produção de lixo eletrônico.
Fundada por argentinos, escalada no Brasil
Em 2014, os empreendedores argentinos Guille Freire e Guillermo Arslanian deixaram de lado qualquer noção de rivalidade entre Brasil e Argentina para focar no que seria estratégico para o negócio que estavam desenvolvendo. A decisão por fundar a startup em solo brasileiro veio depois de uma investigação de mercado feita pela dupla, que viu no país da camisa verde e amarela um vasto mercado consumidor e fornecedor de smartphones.
“Existem 50 milhões de brasileiros que compram aparelhos novos todos os anos, e ao menos outros 80 milhões que ainda não têm smartphones”, aponta o CEO da Trocafone.
Foi para fazer a ponte entre esses dois públicos que os empreendedores se estabeleceram no Brasil. Naquela época, a única forma de comprar ou vender um aparelho seminovo no país era fazendo buscas ou anúncios em plataformas online que não ofereciam nenhuma segurança ou garantia sobre os produtos comercializados. “Não havia um processo cuidadoso de recomercialização de smartphones usados por aqui”, rememora Freire. Mais do que intermediar a compra e venda de aparelhos usados, a Trocafone faz um diagnóstico dos smartphones que recebe, verificando se eles têm procedência legal, se funcionam corretamente e garantindo a qualidade dos componentes de cada dispositivo antes de coloca-los novamente no mercado. “Conseguimos alcançar o sucesso nesse mercado exatamente por garantir a qualidade do produto que chega ao consumidor final”, orgulha-se Freire com a previsão de manter o ritmo acelerado de crescimento anual de 50%, mesmo com os desafios de uma economia pós-pandemia.
Sobre a Trocafone
Fundada em 2014, a startup ajuda consumidores a economizarem até mil reais com a entrega de um aparelho antigo pela compra de outro. O marketplace de smartphones usados já conta com 1,4 milhão de aparelhos vendidos e registrou aumento de 50% nas vendas no primeiro semestre de 2020. Para mais informações acesse: https://www.trocafone.com/